domingo, 9 de dezembro de 2012

O fim do mundo

Por que temer o fim? Não era pra acabar? Cada fim é um recomeço e o que é hoje já não é amanhã. A vida é um re tropeço, um cai cai permanente no qual se levantar cada dia é uma luta. Se o mundo acabar quero um abraço da pessoa mais querida, um sorriso e um "eu te perdoo" de quem por acaso ou de propósito eu machuquei. 

Nunca fui do tipo que acredita nessas profecias, que se preocupa em construir um túnel subterrâneo. Mas se o mundo acabar, vou acabar junto com ele. Porque pra tudo tem sua hora. Acho que viver sem acreditar que o mundo vai acabar é mais fácil do que criar um altar pra ele, vestir-se de preto e lamentar pelo que não fiz. Fiz o possível, tudo ao meu alcance. Fins são feitos pra acabar mesmo e recomeçar tudo de novo. Ás vezes alguns fins são mais saudáveis e levam ao começo de algo grandioso. Então se em 21 de dezembro de 2012 o mundo não acabar, termine algumas coisas que estão empatando seu crescimento, comece outras, corte o cabelo de forma diferente, coma outro sabor de sanduíche, quebre seus próprios paradigmas, saia da sua zona de conforto. Pode ser desconfortável no começo, mas depois o "renovar" te fará melhor, o mudar te fará crescer. 

E pra finalizar: Triste fim é um fim triste. Eu quero é final feliz. A alegria de te ver do outro lado da esquina sorrindo pra mim. A alegria de olhar nos seus olhos e me sentir incomodada com o jeito que você me olha.  A alegria de fazer a diferença no seu dia com uma simples palavra. A alegria de ser alegre pra você e sair da sua vida na hora certa. Quero finais felizes. Quero me jogar numa música, sentir suas batidas até o fim. Quero apreciar tudo o que termina sem justificativas. Saber que fiz o melhor. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pulsão


O mundo nunca se fecha
num ciclo de indeterminado prazer
e poucas coisas serão depois do que já foi
e eu que nunca me abri pro tudo
só via o nada
e eu me abri pra aquilo que achava ser bom
mas que só me deixou frustrada ao anoitecer
desabou, desabafou
em cima de mim
em cima de ti
em quem doerá no amanhã?
em quem será que as consequencias se respingarão?
de prazer você morrerá
do amanhã ninguém te protegerá
em você não dá pra confiar
seus passos são tão incertos
que você se choque
que você se negue
que você se impeça e
depois anule o seu próprio ser
suas ações rebatem em você
e isso você não poderá deter.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Divagações II


Sinto-me como espectadora da minha própria vida. Assistindo um filme ruim, sem fim e com péssimos atores. Não consigo me mover enquanto o mundo gira, enquanto as estações mudam, enquanto o sol se põe. Continuo morando na minha mente, onde os sonhos são eternos, onde o amanhã é sempre melhor, onde tenho quem e o que eu quero. 

Existe um manual pra pôr o imaginário no plano do real? O que é real pra mim, afinal? Crescer, estudar, batalhar por uma coisa que nem sei se quero? Queria ser astronauta pra viver no mundo da lua. Queria ser piloto de avião para ter um destino específico, saber pra onde vou. Mas sou apenas esse todo confuso, separada em partes. Meu filme é fragmentado, meu filme é renovável, meu filme não tem enredo premeditado. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Amanda do futuro

Ultimamente tenho desejado exageradamente uma máquina do tempo. Sei dos efeitos do meu desejo, sei que é errado ficar presa ao passado, mas eu preciso dessa máquina do tempo. Só pra não morrer de culpa, pra não morrer por causa de assuntos não resolvidos.

Já vi  em filmes os efeitos das máquinas do tempo, primeiro em "Efeito borboleta" Evan tenta consertar a todo custo o que fez á sua amada, contudo suas tentativas não obtém sucesso, ele sempre acaba metendo os pés pelas mãos. Sempre haverá consequencias nos atos e por mais bondosos que sejamos em nossas intenções, no final a falha e o erro são iminentes. Em "De volta para o futuro" as consequencias também são desastrosas, por mais gargalhadas e diversão que proporcione á nós. Em " o homem do futuro" então nem se fala, o protagonista acaba por envolver-se num conjunto de fatos desastrosos gerados por sua projeção num futuro melhor para si, gerando mais e mais frustração.

Tudo que eu consegui hoje em dia foi isso: frustração. Minhas intenções foram boas, meus sentimentos mais ainda, porém tudo que eu consegui foi navegar na minha própria incerteza deixando-me levar pelo meu coração. Por isso quero uma máquina do tempo, quero mudar certos eventos do passado não tão distante, quero salvar uma pessoa da minha total ignorância e egoísmo assim como em "Efeito Borboleta" quando Evan volta ao tempo e separa os destinos dele e de sua amada Amy. Mas eu sei que isso não é possível, não cientificamente, talvez no plano do imaginário. Enquanto isso eu busco explicações, busco segundas chances, e encontro frustrações, desejos que não batem com os meus. Sempre pensamos no "e se...", e se eu não tivesse feito um simples ato que para mim era comum, esse evento não existiria, muito menos esse post.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Divagações


Estou acostumada á ser coletiva, á valorizar a subjetividade. Acostumada que sou busco rações para minha mente, alimentando minha duvidosa inteligência. Livros e livros e mais livros que só me deixam mais confusa sobre minha existência. 

E quanto mais existo menos subjetiva quero ser, quero ser mais literal, menos humana, menos sensível, mais estável, talvez deseje ser um robô. Programar todo e qualquer pensamento, não ter sentimentos e não saber interpretá-los, não desejar. Ser e apenas ser por uma razão específica. Já nascer com uma função determinada. 

Mas eu nasço pra procurar uma razão pra minha vida. E o pior de tudo é que não acerto. Estou quebrada por dentro e por fora. Será que alguém vê isso? Além de me preocupar com o que eu faço, me preocupo com que o outro pensa do que eu faço. Quando vou acertar de novo? Quando vou ser finalmente eu? Se eu fosse um robô não veriam meus cacos pelo chão metafórico em forma de sentimentos, um robô tem falhas visíveis e eu tenho falhas invisíveis e isso me mata. 


terça-feira, 9 de outubro de 2012

E se...


E se ele gosta de mim de volta? E se seus olhos brilharem na mesma intensidade que os meus? Agüentar meu sentimento já é pesado imagine saber que outro alguém gosta de mim? E porque gostar de mim se sou tão desengonçada? Nem um pouco engraçada, mudo tão rápido de pensamento, não falo coisa com coisa, me viro de ponta á cabeça tentando achar motivos pra ele não gostar de mim quando na verdade, quero aquilo mais do que qualquer outra coisa. Então invento armadilhas na minha mente, então me faço de inocente, como se não soubesse, pra tudo ser uma maravilhosa surpresa, para que ele não se depare com a minha incerteza. Tento me portar como uma dama, tento imitar Aundrey Hepburn em Breakfast at the Tiffanys com sua leveza peculiar, mas é tudo em vão, sou esse poço de desilusão. Sou frustrada, insegura e uma ilha cercada de defeitos por todos os lados. E no meio da minha perda, da minha procura demasiada por ser de alguém, ele me encontrou. E vamos caminhar juntos em passos pequenos, porque passos grandes demais sempre levam á lugares obscuros. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

“UM DIA” E AS RELAÇÕES HUMANAS


Quem já viu com certeza chorou ou ficou com o coração mole, quem não viu vá assistir que só assim você entenderá a essência do filme. Parece mais uma história clichê boy meets girl, mas “um dia” vai além do entendimento quando transforma amor em amizade e amizade em amor e em uma motanha russa de emoções para todos nós.
Dexter e Emma são a prova viva de como nossas emoções nos dominam por boa parte do tempo e como é importante recorrer á elas antes que seja tarde. Eles se conhecem e partem para a relação física, que acaba se transformando em uma relação de cumplicidade e acima de tudo de amizade. Nem mesmo o tempo, a distância,  as concepções diferentes de mundo, separam esses dois. O que me faz questiona a força de algumas relações e o magnetismo que temos como algumas pessoas, como isso pode ser levemente confundido com amor ou atração física, ou como pode ser simplesmente amor renegado.

O que estou dizendo é, por que nós dificultamos tanto as coisas? Sabemos o que queremos, não sabemos aonde vamos chegar com o que nós queremos. E não fazer o que queremos deixa essa pergunta no ar, essa incógnita na nossa cabeça de como seria. E se for ruim? E se depois de tanto tentar perdermos tudo? Eu não vou consolar e confortar com minhas palavras dizendo que só o tempo resolverá e que é importante lembrar das coisas boas. A mágoa é maior que tudo, mas até a mais forte tempestade mesmo que temerosa nos leva á algum lugar. Então foi essa a lição que Emma e Dexter me deixaram, além de lágrimas, a verdade da vida. Um dia mais cedo ou mais tarde nossos caminhos vão se cruzar e deixaremos o passado de lado pra começar outra fase. 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nosso desfecho



Senti que te tive, por pouco tempo, mas te tive. Em meus pensamentos caminhávamos sem nos preocupar, passávamos horas e horas falando besteiras e contando casos, na minha cabeça sempre tocava aquela música que lembrava você. O doce virou amargo, tão amargo quanto aquela frase “o que é bom dura pouco”. Dos poucos momentos levarei boas memórias, das boas memórias farei o caminho da minha vida, seguirei com o sorriso de sempre com a certeza de que fiz tudo o que pude mesmo que o que eu pudesse não fosse o necessário pra você.

Confesso que evoquei minha raiva várias vezes, inconformada quis encontrar respostas de perguntas que iriam continuar sem serem respondidas. Não dá pra encontrar segurança em ninguém além de si mesmo, aprendi isso á força.

Mas agora você é mais uma nota desafinada, uma voz desencontrada, um desejo perdido, uma vida que não tem mais nada a ver com a minha. Porque você nunca foi e  nem será de ninguém. E eu te desejo tudo de melhor, mesmo que o melhor pra você não seja eu. E quero que você cresça com seus erros, sorria com seus acertos, encontre sua essência, não morra de falência de sentimentos tardios. E assim acabo o texto, sem um final concreto, assim como tudo na vida. 



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Faça desse drama sua hora"

Se eu falar aqui que sofrer é uma coisa boa, vocês provavelmente vão achar que eu enlouqueci. Mas realmente é. Sofro porque minha alma grita por felicidade e nessa procura encontra alguns percalços pelo caminho, sofro porque persigo o sucesso e um "não" me abala completamente.

O que fazer com esse drama? Um corte? Um rio de lágrimas? Um desejo súbito de acabar com tudo? Não! Vamos fazer disso a nossa hora. Hora de mandar tudo pro inferno, de planejar coisas novas e se renovar. Porque ninguém conspira mais contra nós mesmos do que nós.

Ao mínimo impulso levantemos pra pensar no que temos de bom e disso completar nossa história, resgatar as páginas, dar um tempo ao coração. Porque ele precisa respirar, porque você precisa respirar e de um tempo pra refletir. E de que adianta se odiar, quebrar tudo e se machucar se amanhã é outro dia?

E eu sei que não é a primeira vez, muito menos a última. De amores vou viver e morrer, de sucessos e derrotas sobrarão lágrimas, risos e suor. No perdido vou me confundir, não ver caminho, saída ou solução, mas com o tempo vou aprender que tudo tem uma razão.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Buscando explicações


Existe um conceito na psicologia junguiana chamado, sincronicidade. Eu nunca me agarrei tanto a uma palavra na vida. Ele se desfaz desse nosso vicio de colocar a culpa no destino. Não existe destino, pelo menos pra mim. Existe causalidade, porém algumas coisas fogem da causalidade, aí nós chamamos de coincidência ou destino. Eu chamo da porra da vida tentando te ensinar que esse é o caminho certo.

Quando duas pessoas se encontram é um evento em si, a subjetividade, a história de vida de cada pessoa influencia nesse encontro. Eu posso estar num momento profissional ótimo, mas a outra pessoa não, eu posso estar querendo namorar e a pessoa ficar. Mas tudo tem um significado, os eventos se alinham em paralelo. Eu dou um significado diferente ao evento, enquanto a outra pessoa pode achar aquilo nada relevante. Mas nós sincronizamos de fato em nosso estado psíquico diferenciado.

É loucura né? Contudo estou usando isso pra justificar o fato das coisas darem errado ultimamente pra mim. Insatisfeita no trabalho, insatisfeita na vida amorosa que mais parece uma piada, insatisfeita com as finanças, e todos esses fatos da minha vida se entrelaçam formando um só. Um estado psíquico ruim. Viu, eu acabei de dar significado á bosta da minha vida.

Contudo acredito que tudo isso vai passar. Eu só preciso estar em sincronia comigo mesma e dar significado ao que eu passo. Passar por essas fases é fundamental para que eu pule obstáculos e chegue aonde eu quero.  

Minha mente estava na hora errada no lugar errado, eu não eu era eu, afinal estava controlada pelos meus sentimentos e deixei isso extrapolar, agora paro pra pensar e digo, que merda eu fiz. Porém eu fiz e nada vai mudar isso. O que eu preciso agora é seguir em frente sabe? Reconhecer esse evento e dizer, ele me ajudou a crescer. Estou tentando explicar onde minha mente estava, quando não estava em lugar nenhum.



segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O "correr atrás"


"Cansei de correr atrás" Cansei de ouvir essa frase, isso sim. A magia de se apaixonar está justamente em insistir, lutar, se machucar e voltar á lutar outras batalhas. Como diria a música de Pat Benatar, "o amor é um campo de batalha", pode até ter algumas minas terrestres pelo caminho, armadilhas iminentes, e quanto maior o obstáculo, maior o valor da vitória.

Pode ser que quanto mais você se aproxime mais a pessoa corra, pode ser que você leve um não, mas como em toda batalha a derrota te faz crescer, te faz perceber onde você errou. Erremos acima de tudo, afinal somos humanos e não temos armaduras. Temos um coração de eternos cavalheiros sempre prontos para amar de novo e sofrer novamente.

Você não luta somente contra o seu coração, você luta com a sua razão, você luta contra o tempo, você luta contra as outras pessoas ao redor do seu alvo de desejo, você luta contra o seu próprio desejo de abraçar a pessoa e nunca mais soltar. Conter-se é o segredo, conter-se é tão torturante que te prende na angústia de pensamentos paranóicos.


Portanto, corra atrás, se não der certo não deu. Haverão outros campos á serem explorados, haverá outras páginas do facebook para vigiar, haverá outro coração á se machucar.









sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Texto aleatório


O amor me deixa doente, na mesma medida que é a minha cura. Que dilema para uma só vida, que problema para um só coração que insiste em bater descontrolado quando te vê.

Posso contar nos dedos quantas vezes te vi, contudo não posso contar quantas vezes suspirei, quantas noites passei inebriada pela sua presença em meus sonhos, carregando o amargo gosto da idealização.

E eu tento seguir meus planos, planos que não incluem você. E eu tento ser feliz com você em projeções porque na verdade tenho medo, tenho medo do que dirá, do quanto isso irá me machucar. É como se uma bomba fosse jogada em meu colo e o tempo estivesse passando, a tensão do momento me deixa sem reação.

Do que vale amar se não posso realizar? Do que vale viver se sinto uma parte de mim quebrada? Procuro poemas modernos, em músicas encostar a minha dor, para que seja bem vinda e para não se findar em si mesma.

Ás vezes eu não sei o que você quer, ás vezes não sei se te quero penso que  quero o que significa esse amor.  Mas a ânsia de te ter prevalece e tudo desaparece quando por acaso penso em você. Em anos vividos nunca me senti assim tão viva e tão ansiosa para morrer, morrer de amores por você e reviver de novo com outro alguém na mente.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Confesso que...

Tenho uma certa afinidade pelo poliamor. Já conhecia o conceito de poliamor, mas fiquei pensando esses dias se ele realmente daria certo numa sociedade conservadora como a nossa. Pra quem não sabe poliamor é uma opção, um modo de vida, na qual o casal tem a liberdade de estar envolvido com outra pessoa, desde que o outro fique sabendo dessa relação. É polêmico por natureza, imagine-se numa relação á qual você sabe que seu namorado(a) vai estar com outra pessoa. Muitas pessoas devem estar pensando agora " isso nunca aconteceria comigo, é promíscuo, é errado" NÃO, é um estilo de vida e como todo estilo de vida , algumas pessoas entendem e outras não. 

Não entendam errado, o sexo não é a base do poliamor, e sim uma relação madura em que você pode explorar outros gostos, sem cair na mesmice, sem se sentir culpado, sem se auto denominar um traidor. Pra ser um poliamorista é necessário muita cumplicidade e sentimentos bem esclarecidos. 

Agora vamos ao porque eu concordo com esse modo de vida fora do sistema monogâmico. Porque é lindo abrir mão do tempo e da exclusividade com quem você ama, dar liberdade a quem se ama é a maior prova de amor. Não deixá-lo ser levado por outra pessoa, mas sim entender no que consiste aquela relação, ser sincero quanto aos seus sentimentos e pensamentos. Também imagino o quão deve ser difícil se doar a duas relações, já que uma dá bastante trabalho, mas é isso que dá mais beleza a essa história toda. 

É a liberdade que nos faz voar, somos seres que adoramos explorar, conhecer novos lugares, temos ânsia pelo novo e nunca estamos satisfeitos. Não há ninguém que nos complete inteiramente, as nossas partes estão por aí espalhadas e cabe a nós encontrá-las. É absurdo, é ridículo, é recalcado, chame do que for, eu amo, mas nem por isso te tiro a liberdade de amar. 

Um documentário muito legal sobre:http://vimeo.com/23988620

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Do que um simples chat é capaz.

Não sei o que dizer, será que estou incomodando? Será que o assunto é pertinente? Será que estou sendo interessante ou só mais uma daquelas que dizem as palavras certas nas horas erradas? Será que estou sendo atirada demais nesse jogo de afinidades? Ou cheia de dedos e tentáculos sem saber onde pôr, como pôr...

Sinto-me como uma criança andando de bicicleta, cercada de inseguranças, no equilíbrio entre duas rodas tentando andar só pra mostrar que eu posso. 

Mas será que eu posso abrir uma simples janela e dar oi ou estou dando abertura demais , porque aquela revista disse que tenho que ser difícil. Respiro fundo e abro a maldita janela na esperança de que nelas as palavras fluam  ao meu favor, para que no final de cada papo eu possa me indagar ainda mais. Como serão nossos filhos? E se for menina? Já criei um cantinho só nosso em minha mente, claramente virtual e idealizado, óbvio. E nossa trilha sonora tocará sempre que você ficar on line. E cá estou eu do outro lado da tela mentalizando para que minhas dúvidas acabem, mas elas estão só começando. 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Poesia de quinta

Olá, cheguei com mais uma poesia de quinta, a de hoje é pequena e foi feita na madrugada boladona. Espero que gostem.



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Confesso que...

Confesso que estou cansada de ficar sozinha. Sabe aquela sensação de vazio, mesmo estando entre milhões de pessoas? Mesmo que sua mãe e seus amigos sempre digam que te amam do jeito que você é, você quer ser alguém pra outra pessoa que ás vezes nem sabe que você existe. Você encontra qualidades que correspondem a tudo que você sonhou, cria nome para os filhos, descobre uma música que é a trilha sonora perfeita pra vocês, contudo percebe que não passou de ilusão. E isso se repete num ciclo vicioso irritante.

Suspiro e sigo em frente, porque sou jovem, vou conhecer pessoas, me desfazer delas com a mesma facilidade que me afeiçoo. Ultimamente meu guia sobre relacionamentos e minha tábua de salvação tem sido o livro de um dos sociólogos mais discutidos da humanidade, Zygmunt Bauman. Em um de seus livros chamado "Amor Líquido" ele conclama discussões que poem em cheque toda nossa idealização de ser perfeito que é a peça que faltava em nossa vida. Ele expõe o amor na modernidade como um físico descobrindo uma fórmula necessária. 

Um dos mitos que Bauman desvela, é a questão de muitas pessoas se acharem imunes ao amor por nunca ter amado. Sobre isso ele diz " Não se pode aprender a arte ilusória - inexistente, embora ardentemente desejada - de evitar suas garras e ficar fora do seu caminho.". Ou seja, não fuja. Todos nós temos capacidade de amar, se você não achou alguém não culpe o espelho, pode ser a sua falta de interesse pela vida, pode ser que alguém "perfeito" esteja bem ao seu lado e você recusou, pode ser a fase da sua vida, pode ser os sinais que você dá com o corpo, o que estou dizendo é, aproveite o tempo que está sem ninguém pra se conhecer, saber mais sobre você.  Afinal, como diz Bauman, " a solidão produz insegurança, mas o relacionamento não parece fazer outra coisa. Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela ou até pior." Não é uma relação que vai te definir, ou te ajudar a crescer. 

Tenho tentado seguir meus próprios conselhos, visitar exposições e tentar me descobrir na arte, escrever para vocês, assistir á um filme sozinha, dançar como se não houvesse amanhã. E os próximos capítulos da minha história sem fim terminará no "não sei", porque não posso abraçar o mundo, não posso controlar o que virá. 

domingo, 22 de julho de 2012

Confesso que...

Confesso que sou pessimista. Odeio esse fato em mim, mas não consigo fugir. Nutro-me de esperança para depois me cobrir com o manto do "pensar no pior". Do mínimo fato faço o máximo transtornada em pensamentos porque no vazio do momento me encontro, no terrível confronto entre o sim e o não.
Controlo o que depende e independe de mim, mas no fundo não controlo nada. Com o pessimismo quero proteger-me preparando meu coração para o que está por vir. O que me virá eu não sei, mas meu escudo sempre está aberto. Assim como meu ferrado coração.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Poesia de quinta

Bem, toda quinta vou publicar uns versos que saem da minha mente. Não são grandes coisas.
Não tem nome. É isso. Até á próxima quinta. E domingo tem crônica sobre algum fato da minha movimentada vida (só que não).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Saudades e certezas

Como moro perto dos colégios mais movimentados de Salvador, e vejo adolescentes perambulando do alto da minha janela, surgiu uma dúvida na minha mente: será que sinto falta de tudo isso?

Mesmo que eu não esteja na área que desejo estar, mesmo ás vezes querendo voltar ao tempo e fazer as coisas diferentes não sinto falta. Sentir falta de quê? De ser amargurada por não se adequar aos padrões de beleza? De aprender calculos inúteis e regras que eu regurgitaria numa prova feita por um determinado sistema que se diz avaliativo? De ser cobrada 24 horas para entrar numa boa faculdade e que só esse caminho me mostraria a verdade universal das coisas? Não mesmo!

Passei a vida toda desejando ser melhor que os outros, mostrar que eu sou superior, não pela aparência, mas pela forma de pensar e de expor meus pensamentos através das artes. Afinal, fui uma pessoa artista e ainda sou, é isso que me salva desse mundo inútil e chato cercado de tédio por todos os lados e relações superficiais. Aí o que escolhi no terceiro ano cercada de pressão por todos os lados, psicologia, e lá fui eu achando que ia mudar o mundo com minhas idéias, achando que salvaria as pessoas de si mesmas. Mas daí, depois de cinco anos de curso, me encontro no décimo e último semestre e advinha o que mudei? Exatamente nada. Aliás, encontro-me tão frustrada quanto lá atrás, sem dinheiro e com idéias tão visionárias que fariam vocês vomitarem. 

Hoje vejo jovens de 16 e 17 anos com a mesma garra que eu, com a mesma decisão nas mãos, a perseverança, e penso, será que vale á pena ser tão visionário? Será que devo dizê-los pra não te esperanças porque o futuro é mais aterrorizante ainda? Acho melhor deixá-los descobrir sozinhos, é mais saudável. A verdade é, eu não tinha maturidade pra escolher uma profissão e aos 22 anos não tenho maturidade pra aguentar o peso da minha escolha. 

Você não quer ser advogado? Ou psicologo? Ótimo, vai lá e faça o que você quer para não se arrepender depois. E outra queridinho, a faculdade assim como o comércio pesa, não vai aumentar ou diminuir quem você é, não vai te desqualificar, não vai traçar sua vida, você não precisa ser engenheiro pra sempre se não quiser. Muita gente nunca teve oportunidade de fazer uma faculdade e hoje é feliz com o trabalho que tem, ou então é milionário o suficiente pra não se preocupar. Quem te garante que quando você sair terá um emprego novinho esperando por você? E quem te garante que não?

Então antes de se encher de dados e verdades absolutas, se encha de dúvidas e vá respondendo todas elas. Assim como eu, que ainda não me descobri psicóloga, mas tenho uma responsabilidade comigo mesma de explorar o que é possível.

sábado, 23 de junho de 2012

Poema



Sofrer de desamor,
é enganar a dor,
ocultar o ego,
por ser perdedor.

Abrir-se  em sentimento,
e findar-se em amor,
por paixão ou por calor.

Serei sua alma gêmea,
quando te afastas,
quando te aproxima,
quando me deixas ser.

Quando fecha o espaço,
entre nossos abraços termino em paz,
Quando doce chega mas nega me sinto quebrar.

E tudo acaba e começa novamente
com outro alguém será. 

sexta-feira, 1 de junho de 2012





Eu preciso fazer isso. Eu necessito pra não repetir o mesmo erro. Pra não continuar sofrendo, pra não ser atropelada pela minha própria dor. Mas como esquecer? Como tirar da sua mente algo que está enraizado, preso nas paredes do meu esgoto de lembranças junto com limo, a poeira e a sujeira. Preciso me limpar, me guardar para o que virá. 
Aprender que esquecer vem com o tempo, tempo esse que eu não tenho, não tenho nada á não ser a vontade de persistir no erro. Burrice? Pode até ser, é burrice demais seguir o coração e mesmo se ferrando esvaziar a razão. É perfeitamente normal ser refém do erro, mais ainda é ser refém do que já passou insistindo em pensar em como teria sido se...
Quero esquecer, quero me esvaziar, me preencher de saudade e explodir. Explodir até que a última gota de lágrima derrame. Até que eu levante um dia e seja capaz de seguir em frente. Outras lembranças virão e eu nem vou me recuperar do baque. 

domingo, 13 de maio de 2012

Meus 22 anos.

Juro que tentei ser sensata e apreciar minha pequena reunião do meu aniversário de 22 anos, juro que tentei não ver o lado ruim de crescer, envelhecer e ser jogada no mundo. Mas não consigo. As reflexões me chamam ,os pensamentos ruins me apagam da programação da felicidade.

Penso no futuro, penso nas pessoas próximas, penso no que eu fiz até agora, penso se eu poderia passar o meu aniversário acompanhada ou talvez até mesmo mal acompanhada, penso demais e isso é perturbador. Não conquistei muitas coisas, não fui a heroína que queria ser carregando o mundo nas costas, não fui para festas suficientes, não desperdicei minhas esperanças o suficiente, acho que não sou o suficiente pra mim por ser ambiciosa demais. Quero o muito como a maioria das pessoas, quero o que as outras pessoas não tem para elas me admirarem, quero exercer poder sobre o pensamento dos outros, contudo, como disse antes não sou uma heroína.

Não me esforcei em potencializar meu lado bom, por mais benéfico que isso seja, ás vezes me auto saboto. Isso é tão humano que me cansa.

Nem sei se sou mais eu nesse emaranhado de idéias embaralhadas. Só sei que perfeição não pertence a mim, acho que á ninguém. Não posso ter tudo ao mesmo tempo, essa ideia está meio que clara na minha mente, agora convencer-se  é um inferno. E como a maioria dos seres humanos nunca terei o suficiente. E como você, estou tentando realizar meus desejos, para que amanhã eu posso renová-los.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Expectativa.

Expectativa, aquele veneno sublime que invade sua mente, aquele gesto que se transforma em imaginação, aquela voz que te diz exatamente o que se quer.
Vivemos pra ter expectativas, de um ano melhor, antes de uma entrevista de emprego, antes de um encontro, depois de conhecer alguém que transformou seus pensamentos...ah maldita expectativa! E quando á criamos sem perceber e do nada sofremos uma decepção? Apesar de construir, de nos fazer crescer, a decepção é regada de sentimentos ruins que nos botam pra baixo. A conclusão é, não existe escapatória para a expectativa, você põe naquela pessoa, você põe naquele emprego, você põe naquele livro ou naquele filme. Já foi!
Assim como quero um veneno anti monotonia quero um antidoto para a expectativa, quem sabe a realidade venha como salvação, quem sabe a imaginação venha como fuga?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Primeiro post do ano

Novo ano, não vou fazer isso de novo! Não vou mais ser assim! Vou olhar para o que eu tenho, cuidar do meu coração que grita por paz e que se enche de solidão. Vou entrar com tudo, deixar de ser o prêmio de consolação, travar uma batalha contra sentimentos ruins, parar de fingir que está tudo bem.

Se estiver do meu próprio lado, se entender que na vida não há repetição, é aqui e agora, é agora e sempre e nunca serei a mesma de um minuto atrás. E vou me odiar por ser eu e vou me amar quando me transformar.

Novo ano, parei de, farei, irei para, serei mais sempre, porém amanhã  já não sei.

Feliz ano novo!