domingo, 11 de dezembro de 2011

Solidão não tem hora errada.

Nesse domingo tradicionalmente tedioso, acabei por folhear algumas revistas. E acabei realmente lendo a reportagem da revista Veja do dia 23 de novembro de 2011, acho que o que me interessou foi Lady genial Gaga na capa. Mas o que me chamou atenção não foi a reportagem de capa e sim a reportagem "A solidão que nos protege". Um dos psicólogos mais influentes dos EUA disse que a solidão trata-se de um dos mecanismos mais necessários da condição humana.

Ele contradiz a música de Sandra de Sá, na qual ela manda a solidão embora. E afirmando a proposta existencialista de Sartre quando diz que precisamos conhecer á nós mesmos para nos relacionar com os outros. De fato acredito que é possível ser feliz sozinho, se você buscar o sentido da palavra felicidade em si mesmo e não em materiais ou outras pessoas. 

Segundo o psicólogo, as pessoas acreditam que felicidade está ligada a ter uma união estável representada socialmente pelo casamento. E de fato é, certamente você já se pegou pensando em casar com alguém que a tire dessa solidão, ter filhos que propagem seu nome e tenham suas características, enfim, em modos de não estar sozinho. E não venha me dizer que nunca aconteceu de todos seus amigos estarem namorando e você estar solteiro e se sentir a pessoa mais solitária do mundo. Claro que está sozinho ou sozinha, as vezes é uma merda. Mas é preciso ver como uma oportunidade de seguir sua vida, conhecer novas pessoas, estar aberto para o mundo. 

É muito importante ter um tempo consigo mesmo, refletir, saber o que você e o que não quer. Pessoas podem passar a vida toda sem se casar e serem completamente felizes. Não é o outro que te completa, é a ideia de ver naquela outro o que você projetou. 

Ele alerta também para o perigo do egocentrismo que pode existir quando a pessoa se isola do mundo. Eu vou confessar que já passei por isso, como mecanismo de defesa. E mesmo que você se relacione com outras pessoas sempre existirá a famosa "barreira" o empecilho para as pessoas se aproximar, pode estar na sua testa claro e em letras garrafais como pode também estar implícito e você nem perceber. Ele sugere passos simples para os ditos "solitários" deixarem de se retrair tanto, o primeiro passo é oferecer-se, ou seja, testar novos relacionamentos, conhecer novas pessoas em lugares que você julga interessantes e confortáveis, em seguida vem o plano de ação e o terceiro é a seleção, ser seletivo quanto a quem está te acompanhando escolhendo os amigos com cuidado.

Na minha opinião a solidão é um ciclo vicioso, um estado de espirito que te envolve de certa forma, que você se sente confortável estando só. Mas com tempo aprendi a necessidade do equilíbrio, claro que a solidão é necessária, porém também é importante fazer amigos, estar em companhia. O vazio pode te encher da realidade assim como pode te aproximar dela. 

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