domingo, 20 de janeiro de 2013

Reflexões pós filme


Ao assistir o filme "As vantagens de ser invisível" vi uma frase que me chamou a atenção: "Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos" 

Relacionei a frase aos meus antigos relacionamentos ou semi relacionamentos (porque alguns deles não chegaram a se concretizar) e percebi que é a pura verdade. Uma verdade inconveniente por assim dizer.  
Em partes justifica os relacionamentos neuróticos que encontramos hoje, nos quais um se torna o quebra cabeça elementar do enigma que é o outro, sem saber onde vai dar, sem saber aonde está se metendo. Sem saber dos segredos escondidos no inconsciente, das vivências pessoais e coletivas, pois não há tempo pra isso, a emoção nos toma sendo porta voz de todo nosso ser. E não somos mais nada além do que restou de nós.  

Esperneamos, choramos, nos rebaixamos porque pensamos que no outro está a nossa felicidade, o nosso "tapa buracos emocional" sem saber que estamos completamente embebecidos de nós mesmos quando nos relacionamos. Encontramos sempre um defeito no outro ou encontramos uma qualidade que o endeusa aos nossos olhos.  

Portanto acredito na máxima do existencialismo de Sartre que afirma que antes de nos relacionarmos como os outros temos que conhecer profundamente á nós mesmos. Não digo que isso vai evitar as frustrações, os desgostos e os porres homéricos, mas pode ajudar a lidar com nossas próprias emoções encontrando um eu capaz de corresponder as suas próprias expectativas e não as do outro. Eu preciso de mim, e você? do que precisa pra ser feliz? 


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