terça-feira, 30 de outubro de 2012

Divagações


Estou acostumada á ser coletiva, á valorizar a subjetividade. Acostumada que sou busco rações para minha mente, alimentando minha duvidosa inteligência. Livros e livros e mais livros que só me deixam mais confusa sobre minha existência. 

E quanto mais existo menos subjetiva quero ser, quero ser mais literal, menos humana, menos sensível, mais estável, talvez deseje ser um robô. Programar todo e qualquer pensamento, não ter sentimentos e não saber interpretá-los, não desejar. Ser e apenas ser por uma razão específica. Já nascer com uma função determinada. 

Mas eu nasço pra procurar uma razão pra minha vida. E o pior de tudo é que não acerto. Estou quebrada por dentro e por fora. Será que alguém vê isso? Além de me preocupar com o que eu faço, me preocupo com que o outro pensa do que eu faço. Quando vou acertar de novo? Quando vou ser finalmente eu? Se eu fosse um robô não veriam meus cacos pelo chão metafórico em forma de sentimentos, um robô tem falhas visíveis e eu tenho falhas invisíveis e isso me mata. 


terça-feira, 9 de outubro de 2012

E se...


E se ele gosta de mim de volta? E se seus olhos brilharem na mesma intensidade que os meus? Agüentar meu sentimento já é pesado imagine saber que outro alguém gosta de mim? E porque gostar de mim se sou tão desengonçada? Nem um pouco engraçada, mudo tão rápido de pensamento, não falo coisa com coisa, me viro de ponta á cabeça tentando achar motivos pra ele não gostar de mim quando na verdade, quero aquilo mais do que qualquer outra coisa. Então invento armadilhas na minha mente, então me faço de inocente, como se não soubesse, pra tudo ser uma maravilhosa surpresa, para que ele não se depare com a minha incerteza. Tento me portar como uma dama, tento imitar Aundrey Hepburn em Breakfast at the Tiffanys com sua leveza peculiar, mas é tudo em vão, sou esse poço de desilusão. Sou frustrada, insegura e uma ilha cercada de defeitos por todos os lados. E no meio da minha perda, da minha procura demasiada por ser de alguém, ele me encontrou. E vamos caminhar juntos em passos pequenos, porque passos grandes demais sempre levam á lugares obscuros. 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

“UM DIA” E AS RELAÇÕES HUMANAS


Quem já viu com certeza chorou ou ficou com o coração mole, quem não viu vá assistir que só assim você entenderá a essência do filme. Parece mais uma história clichê boy meets girl, mas “um dia” vai além do entendimento quando transforma amor em amizade e amizade em amor e em uma motanha russa de emoções para todos nós.
Dexter e Emma são a prova viva de como nossas emoções nos dominam por boa parte do tempo e como é importante recorrer á elas antes que seja tarde. Eles se conhecem e partem para a relação física, que acaba se transformando em uma relação de cumplicidade e acima de tudo de amizade. Nem mesmo o tempo, a distância,  as concepções diferentes de mundo, separam esses dois. O que me faz questiona a força de algumas relações e o magnetismo que temos como algumas pessoas, como isso pode ser levemente confundido com amor ou atração física, ou como pode ser simplesmente amor renegado.

O que estou dizendo é, por que nós dificultamos tanto as coisas? Sabemos o que queremos, não sabemos aonde vamos chegar com o que nós queremos. E não fazer o que queremos deixa essa pergunta no ar, essa incógnita na nossa cabeça de como seria. E se for ruim? E se depois de tanto tentar perdermos tudo? Eu não vou consolar e confortar com minhas palavras dizendo que só o tempo resolverá e que é importante lembrar das coisas boas. A mágoa é maior que tudo, mas até a mais forte tempestade mesmo que temerosa nos leva á algum lugar. Então foi essa a lição que Emma e Dexter me deixaram, além de lágrimas, a verdade da vida. Um dia mais cedo ou mais tarde nossos caminhos vão se cruzar e deixaremos o passado de lado pra começar outra fase.