segunda-feira, 30 de julho de 2012

Do que um simples chat é capaz.

Não sei o que dizer, será que estou incomodando? Será que o assunto é pertinente? Será que estou sendo interessante ou só mais uma daquelas que dizem as palavras certas nas horas erradas? Será que estou sendo atirada demais nesse jogo de afinidades? Ou cheia de dedos e tentáculos sem saber onde pôr, como pôr...

Sinto-me como uma criança andando de bicicleta, cercada de inseguranças, no equilíbrio entre duas rodas tentando andar só pra mostrar que eu posso. 

Mas será que eu posso abrir uma simples janela e dar oi ou estou dando abertura demais , porque aquela revista disse que tenho que ser difícil. Respiro fundo e abro a maldita janela na esperança de que nelas as palavras fluam  ao meu favor, para que no final de cada papo eu possa me indagar ainda mais. Como serão nossos filhos? E se for menina? Já criei um cantinho só nosso em minha mente, claramente virtual e idealizado, óbvio. E nossa trilha sonora tocará sempre que você ficar on line. E cá estou eu do outro lado da tela mentalizando para que minhas dúvidas acabem, mas elas estão só começando. 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Poesia de quinta

Olá, cheguei com mais uma poesia de quinta, a de hoje é pequena e foi feita na madrugada boladona. Espero que gostem.



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Confesso que...

Confesso que estou cansada de ficar sozinha. Sabe aquela sensação de vazio, mesmo estando entre milhões de pessoas? Mesmo que sua mãe e seus amigos sempre digam que te amam do jeito que você é, você quer ser alguém pra outra pessoa que ás vezes nem sabe que você existe. Você encontra qualidades que correspondem a tudo que você sonhou, cria nome para os filhos, descobre uma música que é a trilha sonora perfeita pra vocês, contudo percebe que não passou de ilusão. E isso se repete num ciclo vicioso irritante.

Suspiro e sigo em frente, porque sou jovem, vou conhecer pessoas, me desfazer delas com a mesma facilidade que me afeiçoo. Ultimamente meu guia sobre relacionamentos e minha tábua de salvação tem sido o livro de um dos sociólogos mais discutidos da humanidade, Zygmunt Bauman. Em um de seus livros chamado "Amor Líquido" ele conclama discussões que poem em cheque toda nossa idealização de ser perfeito que é a peça que faltava em nossa vida. Ele expõe o amor na modernidade como um físico descobrindo uma fórmula necessária. 

Um dos mitos que Bauman desvela, é a questão de muitas pessoas se acharem imunes ao amor por nunca ter amado. Sobre isso ele diz " Não se pode aprender a arte ilusória - inexistente, embora ardentemente desejada - de evitar suas garras e ficar fora do seu caminho.". Ou seja, não fuja. Todos nós temos capacidade de amar, se você não achou alguém não culpe o espelho, pode ser a sua falta de interesse pela vida, pode ser que alguém "perfeito" esteja bem ao seu lado e você recusou, pode ser a fase da sua vida, pode ser os sinais que você dá com o corpo, o que estou dizendo é, aproveite o tempo que está sem ninguém pra se conhecer, saber mais sobre você.  Afinal, como diz Bauman, " a solidão produz insegurança, mas o relacionamento não parece fazer outra coisa. Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela ou até pior." Não é uma relação que vai te definir, ou te ajudar a crescer. 

Tenho tentado seguir meus próprios conselhos, visitar exposições e tentar me descobrir na arte, escrever para vocês, assistir á um filme sozinha, dançar como se não houvesse amanhã. E os próximos capítulos da minha história sem fim terminará no "não sei", porque não posso abraçar o mundo, não posso controlar o que virá. 

domingo, 22 de julho de 2012

Confesso que...

Confesso que sou pessimista. Odeio esse fato em mim, mas não consigo fugir. Nutro-me de esperança para depois me cobrir com o manto do "pensar no pior". Do mínimo fato faço o máximo transtornada em pensamentos porque no vazio do momento me encontro, no terrível confronto entre o sim e o não.
Controlo o que depende e independe de mim, mas no fundo não controlo nada. Com o pessimismo quero proteger-me preparando meu coração para o que está por vir. O que me virá eu não sei, mas meu escudo sempre está aberto. Assim como meu ferrado coração.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Poesia de quinta

Bem, toda quinta vou publicar uns versos que saem da minha mente. Não são grandes coisas.
Não tem nome. É isso. Até á próxima quinta. E domingo tem crônica sobre algum fato da minha movimentada vida (só que não).

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Saudades e certezas

Como moro perto dos colégios mais movimentados de Salvador, e vejo adolescentes perambulando do alto da minha janela, surgiu uma dúvida na minha mente: será que sinto falta de tudo isso?

Mesmo que eu não esteja na área que desejo estar, mesmo ás vezes querendo voltar ao tempo e fazer as coisas diferentes não sinto falta. Sentir falta de quê? De ser amargurada por não se adequar aos padrões de beleza? De aprender calculos inúteis e regras que eu regurgitaria numa prova feita por um determinado sistema que se diz avaliativo? De ser cobrada 24 horas para entrar numa boa faculdade e que só esse caminho me mostraria a verdade universal das coisas? Não mesmo!

Passei a vida toda desejando ser melhor que os outros, mostrar que eu sou superior, não pela aparência, mas pela forma de pensar e de expor meus pensamentos através das artes. Afinal, fui uma pessoa artista e ainda sou, é isso que me salva desse mundo inútil e chato cercado de tédio por todos os lados e relações superficiais. Aí o que escolhi no terceiro ano cercada de pressão por todos os lados, psicologia, e lá fui eu achando que ia mudar o mundo com minhas idéias, achando que salvaria as pessoas de si mesmas. Mas daí, depois de cinco anos de curso, me encontro no décimo e último semestre e advinha o que mudei? Exatamente nada. Aliás, encontro-me tão frustrada quanto lá atrás, sem dinheiro e com idéias tão visionárias que fariam vocês vomitarem. 

Hoje vejo jovens de 16 e 17 anos com a mesma garra que eu, com a mesma decisão nas mãos, a perseverança, e penso, será que vale á pena ser tão visionário? Será que devo dizê-los pra não te esperanças porque o futuro é mais aterrorizante ainda? Acho melhor deixá-los descobrir sozinhos, é mais saudável. A verdade é, eu não tinha maturidade pra escolher uma profissão e aos 22 anos não tenho maturidade pra aguentar o peso da minha escolha. 

Você não quer ser advogado? Ou psicologo? Ótimo, vai lá e faça o que você quer para não se arrepender depois. E outra queridinho, a faculdade assim como o comércio pesa, não vai aumentar ou diminuir quem você é, não vai te desqualificar, não vai traçar sua vida, você não precisa ser engenheiro pra sempre se não quiser. Muita gente nunca teve oportunidade de fazer uma faculdade e hoje é feliz com o trabalho que tem, ou então é milionário o suficiente pra não se preocupar. Quem te garante que quando você sair terá um emprego novinho esperando por você? E quem te garante que não?

Então antes de se encher de dados e verdades absolutas, se encha de dúvidas e vá respondendo todas elas. Assim como eu, que ainda não me descobri psicóloga, mas tenho uma responsabilidade comigo mesma de explorar o que é possível.